LIÇÃO 25: NUMERAIS E CONTADORES

Os números e a contagem em japonês são difíceis o suficiente para exigir a sua própria lição. Além disso, existem os chamados “contadores”, que são necessários para contar diferentes tipos de objetos, animais ou pessoas.  Vamos lá.

25.1. VISÃO GERAL

Há duas maneiras de escrever os números em japonês: em algarismos arábicos (1, 2, 3), ou em algarismos chineses (一, 二, 三). Os algarismos arábicos são mais frequentemente usados na escrita horizontal, e os números chineses são mais comuns na escrita vertical. Uma das particularidades do sistema numérico japonês e que pode tornar a conversão difícil, é que, seguindo a tradição chinesa, grandes números são criados pelo agrupamento de dígitos em miríades (a cada 10.000) em vez dos milhares ocidentais (1.000), portanto, possuem quatro dígitos. Observe:

01

No entanto, graças à forte influência do mundo ocidental e a padronização de números, quando os números são realmente escritos, a cisão parcial é de três dígitos. Aqui estão os primeiros 10 números:

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Com relação à leitura, a maioria dos números tem duas leituras, uma derivada do chinês (Kango), usada para números cardinais, e uma leitura nativa (Yamato Kotoba), usada para números ordinais, apesar de existirem algumas exceções em que a versão japonesa é a preferida para ambos.

Finalmente, para melhor entendermos como os números japoneses são formados, vamos fazer uso do conceito de ordens, ou seja, a divisão que se faz dos números em unidade, dezena, centena, milhar etc. Assim, temos:

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Seguindo a tabela acima, por exemplo, o número 632, seria representado assim:

04

Ou seja, o número 632 vem da soma (600 + 30 + 2). Perceba como sempre vamos da ordem maior para ordem menor.

Vamos a mais um exemplo, agora com o número 2.009. Primeiramente, vejamos a divisão deste número em ordens:

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Veja que, se considerarmos a maior ordem que compõe o número em questão, começaremos pela unidade de milhar, que temos 2, ou seja, 2.000. Depois, a ordem seguinte é a centena, que não temos nenhuma, bem como a dezena que também não temos. Finalmente, na primeira ordem temos 9 unidades. Sendo assim, somando-se as ordens, 2.009 é (2.000 + 0 + 0 + 9). Tendo estes conceitos em mente, será muito fácil você entender a lógica dos números japoneses.

25.2. OS NÚMEROS KANGO

Com o grande número de palavras chinesas adaptadas e integradas à língua japonesa, vieram os números chineses. As leituras On dos números são as mais importantes e são usadas principalmente para números cardinais, isto é, que indicam o número ou quantidade dos elementos constituintes de um conjunto. Vejamos as leituras On de 0 a 10:

Nos tempos antigos, os números 4 e 9 costumavam ser renomeados para 「よん」 e  「きゅう」 ,    porque  「し」 e  「く」 eram homófonos de “morte” [ 「し」 (死)] e “agonia” [ 「く」 (苦)]. Tal prática continua até hoje, exceto para 9 em alguns casos. Já o número 7 é renomeado  「なな」 nos números acima de 10 para que não haja confusão com o som  「いち」 .

Você pode contar de 1 a 99 se simplesmente aprender os números até 10. O japonês é mais fácil neste quesito, porque você não tem que memorizar as palavras separadas, como "vinte" ou "cinquenta". Para formar números de 1 a 19, lembre-se do conceito de ordem e que os números são originados das somas entre elas. Portanto, por exemplo, 11 nada mais é do que (10 unidades + 1) e assim por diante. Sendo assim, temos:

11 = じゅういち (10  「じゅう」 + 1  「いち」 )

12 = じゅうに (10  「じゅう」 + 1  「に」 )

Simples, não é mesmo? Agora, para formar os números de 20 a 90, basta “contar os dez”. Por exemplo, 20 é “dois dez” (2x10) e assim por diante:

20 = にじゅう (2 「に」 x 10  「じゅう」 )

30 = さんじゅう (3  「さん」 x 10  「じゅう」 )

E se quiser dizer, por exemplo, 21, basta pensar que este número nada mais é do que (20 + 1). Assim, temos:

21 = にじゅういち (20  「にじゅう」 + 1  「いち」 )

83 = はちじゅうさん (80  「はちじゅう」 + 3  「さん」 )

Agora, observe os números maiores de 99:

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Para formar números de 100 a 999, basta “contar os cens”. Por exemplo, 200 nada mais é do que “dois cens” (2 x 100), e assim por diante:

200 = にひゃく(2  「に」 x 100  「ひゃく」 )

Para formar os números do meio, basta desmembrar o número tendo em mente a divisão por ordens e soma-los. Por exemplo, veja como fica o número 283:

283 = にひゃくはちじゅうさん (200  「にひゃく」 + 80  「はちじゅう」 + 3  「さん」 )

Em números acima de 100, ocorrem mudanças sonoras em alguns números, podendo ser Rendaku ou Onbin (e alterações derivadas). Vejamos alguns:

300 = さんびゃく(e não 「さんひゃく」 )

600 = ろっぴゃく (e não 「ろくひゃく」 )

Para formar números de 1.000 a 9.999, basta contar os milhares. Por exemplo, 2.000 são “dois mil” (2 x 1.000):

2.000 = にせん (2  「に」 x 1.000  「せん」 )

Para os demais números, o conceito é o mesmo que vimos para o número 283. Por exemplo, veja como fica o número 2.283:

2.283 = にせんにひゃくはちじゅうさん (2.000  「にせん」 + 200  「にひゃく」 + 80  「はちじゅう」 + 3  「さん」 )

A partir de 10.000, entramos no sistema de miríades. Sendo assim, por exemplo, 20.000 é “duas miríades” (2 x 10.000):

20.000 = にまん (2  「に」 x 10.000  「まん」 ) ( e não  「にじゅうせん」 ).

Para as centenas ou milhares, basta somar às unidades de dez mil:

20.283 = にまんにひゃくはちじゅうさん (20.000  「にまん」 + 200  「にひゃく」 + 80  「はちじゅう」 + 3  「さん」 )

32. 283 = さんまんにぜんにひゃくはちじゅうさん (30.000  「さんまん」 + 2.000  「にせん」 + 200  「にひゃく」 + 80  「はちじゅう」 + 3  「さん」 )

No sistema ocidental, após chegar a 1.000, basta multiplicar 1.000 por 1.000 para saber qual a próxima ordem. Assim, 1.000 (mil) → [1.000 x 1.000] = 1.000.000 (milhão) → [1.000.000 x 1.000] = 1.000.000.000 (um bilhão), etc. No sistema japonês, fazemos este cálculo depois de ter passado para 10.000, ou seja, devemos multiplicar por 10.000 para saber qual a próxima ordem. Tendo isso em mente, observe a tabela abaixo:

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Para formar números maiores, basta seguir os conceitos que aprendemos até agora. Veja os exemplos a seguir:

245.000.000 = におくよんせんごひゃくまん (200.000.000 「におく」 + 45.000.000  「よんせんごひゃくまん」 ). → [4.500 x 10.000 = 45.000.000]

245.352.476 = におくよんせんごひゃくさんじゅうごまんにせんよんひゃくななじゅうろく(200.000.000 「におく」 + 45.350.000  「よんせんごひゃくさんじゅうごまん」 + 2.000  「にせん」 + 400  「よんひゃく」 + 70  「ななじゅう」 + 6  「ろく」 ). → [4.535 x 10.000 = 45.350.000]

Outras ordens existem, mas não são muito práticas e você não precisa memoriza-las. Entretanto, vamos mostra-los na tabela abaixo:

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Os números são sempre escritos em Kanji ou números arábicos, porque, como você pode observar, com o Hiragana podem ficar bastante longos e difíceis de decifrar:

11 = 十一

33 = 三十三

NOTA: se você ainda tiver alguma dificuldade com os números japoneses, acesse este conversor de números: http://www.sljfaq.org/cgi/numbers.cgi (em inglês).

25.3. OS NÚMEROS NATIVOS

A língua nativa japonesa possuía seus próprios números antes da influência dos chineses, porém só tinha meios para a contagem até 99.999. Vejamos os números nativos:

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Seguindo a tabela acima, por exemplo, o numeral “30” é  「みそ」 (três dez), e para formar os números de 11 a 19 se usava o sufixo 「あまり」  para expressar “[X] passados de 10”. Por exemplo, “11” era  「とおあまりひと」 . Atualmente, esses números nativos são raramente utilizados depois de 10. Entretanto, há exceções como 20, usado para idade, e 1.000 e 10.000, utilizados em várias expressões.

Os números de 1 a 9 podem ser usados como substantivos através do acréscimo do sufixo  「つ」 , recurso provavelmente originado devido à influência da língua chinesa que usava o Kanji  「箇」 , encontrado nos escritos mais antigos. Alguns acreditam que este caractere representava originalmente um substantivo referindo-se a hastes de bambu, e gradualmente teve o seu uso expandido, sendo transformado em um contador para muitas coisas, tornando-se um contador genérico, porque era usado freqüentemente com substantivos comuns. Atualmente, os números nativos normalmente são usados com  「つ」 .

25.4. CONTADORES

Em japonês, contar objetos é um pouco mais difícil, porque não podemos usar somente o número e o objeto a ser contado, como fazemos em português (ex. dois cachorros). É necessário usar os “contadores” [ 「じょすうし」 (助数詞)] e isso vale para virtualmente todos os substantivos japoneses.

O que tornará ainda mais difícil é que os contadores variam de objeto para objeto, então, você terá que memoriza-los. Isso por que no japonês antigo, ao se atribuir um contador, basicamente se considerou a aparência externa dos objetos, e eles são contados de acordo com uma ou outra característica.

A utilização dos contadores provavelmente começou no Período Nara, devido à influência chinesa, pois a língua japonesa, assim como a língua chinesa, é deficiente em diferenciar singular e plural. Então, começou-se a empregar certos elementos que, anexados aos objetos a serem contados, expressavam a ideia de que a unidade de tal objeto era repetida “X vezes”.

Para melhor entendermos este modo de pensar dos japoneses, achamos que será conveniente usarmos o conceito de substantivo incontável da língua inglesa. Os falantes de inglês entendem que algumas coisas não podem ser contadas diretamente. Os substantivos que se referem a estas coisas são chamados de substantivos incontáveis (uncount nouns). Os substantivos incontáveis não são usados com números. Por exemplo, “money”não se conta: one money, two moneys. O que se conta é a moeda: one dollar, two dollars. No caso das comidas e líquidos, o que se conta é o recipiente: a cup of coffee (um copo de café), a glass of water (um copo de água), three loaves of bread (três fatias de pão), four bars of chocolate (quatro barras de chocolate).

Neste sentido, você pode considerar praticamente que todos os substantivos japoneses são incontáveis, necessitando, portanto, de uma unidade que permita a medição de sua quantidade. Por exemplo, “dois cachorros” em japonês será [ 「にひきのいぬ」 (二匹の犬)]. Veja como  「にひき」 passa a ser um atributo do substantivo  「いぬ」 e uma tradução aproximada poderia ser algo como “Cachorro em (quantidade de) dois animais pequenos”. Seria mais ou menos como dizer em português “café em dois pacotes (dois pacotes de café).”, onde “pacote” exerceria a função de um contador, isto é, uma unidade para contar a quantidade de café.

Acredita-se que há cerca de 150 contadores, mas apenas 30 aproximadamente são usados com mais frequência. Vejamos alguns dos mais comuns:

11

Note como novamente temos as mudanças sonoras em alguns casos. Como já mencionamos anteriormente, elas visam tornar a pronúncia mais fácil e fluente. Essas mudanças são seguidas com bastante consistência, mas exceções e variações entre falantes existem.

Alguns dos contadores mais comuns podem substituir os menos comuns. Por exemplo,   「ひき」 é muitas vezes usado para os animais, independentemente de seu tamanho. No entanto, muitos falantes irão preferir usar o contador correto  「とう」 quando estiverem falando de animais grandes, como cavalos. Isso gera uma série de contadores possíveis, com diferentes graus de uso e aceitabilidade. Por exemplo, quando alguém pede um kushikatsu, é possível que peçam dizendo 「ふたくし」 (二串) – dois espetos –,  「にほん」 (二本) – dois palitos –, ou  「ふたつ」 (二つ) – dois itens. Aqui apresentamos uma ordem decrescente de precisão.

Em termos de gramática, os contadores podem aparecer antes do substantivo que contam ou mesmo depois dele. Geralmente, eles são colocados depois dos substantivos (seguindo as partículas), e se usados antes, são para enfatizar a quantidade; esta sutileza comumente não é percebida pelos estudantes não-nativos. Observe os exemplos abaixo:

1. ビールを飲んだ。= (Eu) bebi duas garrafas de cerveja.

2. のビールを飲んだ。= (Eu) bebi duas garrafas de cerveja.

As duas orações tecnicamente expressem a mesma coisa, e o padrão da oração (1) é mais comum. Entretanto, a oração (2) transmite um sentido de ênfase na quantidade de garrafas tomadas e seria mais apropriada para enfatizar o número, por exemplo, como resposta à pergunta “Quantas cervejas você bebeu?”.

Aliás, muito útil é o contador 「かい」 (回), que indica com que frequência uma ação ocorre:

私は一月に2映画を見る。= Eu assisto filmes 2 vezes por mês.

私は一週間に4日本語を勉強する。= Eu estudo japonês 4 vezes por semana.

25.5. OS NÚMEROS FORMAIS

Para alguns números, Kanjis alternativos [ 「大字」 (だいじ)] são utilizados em documentos legais e financeiros para evitar que indivíduos inescrupulosos adicionem um traço ou dois e mudem os valores (transformem um 1 em um 2 ou 3) . Vejamos alguns:

12

25.6. INDICANDO ORDENAMENTO DE ALGO

Tecnicamente,  「目」 (め) não é um contador, mas ele pode ser adicionado para ordenar contadores para indicar ordenamento – isto é, indica a posição de um item em algum tipo de ordenamento. Sendo bem específico, adicionando  「目」  à um contador altera-se a contagem de número cardinal para número ordinal. Por exemplo,  「目」  pode ser usado em combinação com   para criar o contador  」 , a fim de mudar o significado de [X] dia para [º] dia. Vejamos:

三日にホテルで泊まった。= Nós ficamos no hotel por três dias.

三日にホテルで泊まった。= Nós ficamos no hotel no terceiro dia.

 「目」 também é frequentemente combinado com  」 (ばん) para criar o contador  「番目」 (ばんめ), que muda o significado de um número para uma posição para ordenar uma aparência. Por exemplo, um corredor que tenha o número “214” nas costas pode ser a primeira pessoa a começar numa volta. Neste caso, o corredor seria indicado como sendo o corredor número 214 (214番のランナー ou 214号のランナー), mas como ele é o primeiro colocado é indicado como  一番目のランナー」 . Outro exemplo dessa diferença pode ser mostrado no contexto de espera por um ônibus:

この停留所から5のバスに乗る。= (Eu) tomarei o ônibus número 5 neste ponto de ônibus.

この停留所から5番目のバスに乗る。= (Eu) tomarei o quinto ônibus neste ponto de ônibus.

「第」 (だい) é um prefixo ordinal usado com bastante freqüência, por isso é importante que você aprenda isso, e é relativamente fácil de entendê-lo: se alguma declaração do contador diz "[X] algumas coisas", então, o prefixo  「第」 criará a afirmação "a [º] alguma coisa”. Observe os exemplos:

この本が17課がある。= Este livro tem 17 capítulos.

10課は難しい。= O décimo capítulo é difícil.

25.7. NÚMEROS DECIMAIS E FRACIONÁRIOS

Os chineses inventaram os decimais há milhares de anos, sendo esses números mais comuns que as frações na Ásia Oriental há muito tempo, enquanto que as frações eram mais comumente usadas no Ocidente desde a Civilização Mesopotâmica.

A forma de ler os decimais em japonês é semelhante ao português com a diferença que, enquanto aqui se a vírgula, o delimitador decimal em japonês é um ponto, que se chama 「てん」 (点). Observe:

3,5 = três vírgula cinco (PORTUGUÊS)

3.5 = três ponto cinco 「さんてんご」 (JAPONÊS)

Outros exemplos em japonês:

0.1 = れいてんいち = zero ponto um

0.02 = れいてんゼロに = zero ponto zero dois

Simples, não? Atente-se somente às possíveis mudanças eufônicas que se tornaram padrão a fim de tornar a pronúncia mais fácil ou fluída. Por exemplo, “1.3” é pronunciado 「いってんさん」. Também, a pronúncia de 2 e 5 tende a ser alongada quando esses números aparecem ou imediatamente antes do ponto ou depois dele entre outros, como em “22.252” pronunciado 「にじゅにーてんにーごーに」. Esse recurso evita mal-entendidos e costuma ser usado também em sequências numéricas em geral como número de telefone.

Antes da introdução da forma de escrever decimais com um ponto, os japoneses usavam unidades para números menores de 1, e algumas dessas unidades ainda são usadas no japonês moderno. Por exemplo, temos わり」 (割り) para “um décimo” , 「ぶ」 (分) para “um centésimo” e 「りん」 (厘) para “um milésimo”.

Para compreender como os japoneses usam essas unidades, vejamos como fica o número “0.343”:

0.343 = 3わりりん  

Se ficou confuso, observe o quadro abaixo:

Entendamos: o número “0,343” é resultado de “0,3” (três décimos) + “0,04” (quatro centésimos) + “0,003” (três milésimos).

A unidade 「わり」 é uma palavra nativa japonesa, e 「ぶ」 é de origem chinesa e inicialmente significava também “um décimo”. Mais tarde, seu significado foi alterado para evitar conflito com 「わり」, mas às vezes se deve considerar o significado original, o que pode gerar confusão. Por exemplo, a palavra 「ごぶごぶ」 significa “50-50”. 「りん」 também teve seu significado alterado, pois inicialmente significava “um centésimo”.

Com relação a números fracionários, tenhamos em mente que quando dizemos, por exemplo, “2/3”, estamos indicando que de 3 unidades (ou partes), considera-se duas partes. Em japonês, o raciocínio é o mesmo, então, diríamos: 「さんぶんのに」, isto é, literalmente “2 de 3 partes (ぶん)”.

Em português, quando nos referimos à porcentagem estamos indicando quanto se considera de 100 unidades. Por exemplo, 30% se refere à proporção 30 de 100. Em japonês, pode-se dizer 「さんじゅうパーセント」 ou usar a “porcentagem” tradicional que considera partes dentro de 1. Sendo assim, neste sistema, 30% ficará 「さんわり, isto é, 0,3 de 1.

NOTA: em japonês, esse sistema é usado para indicar a média de rebatidas no baseball, na qual se considera 1 como sendo 1.000. Por exemplo, um rebatedor que tem média de 0.250 tem 25% de aproveitamento.

E, por exemplo, como ficaria 15% no modo tradicional? Usemos novamente a tabela dos decimais. Primeiramente, 15% é o mesmo que “0,15”. Então:

Portanto, 15% pelo modo tradicional ficará 「いちわり」. “0,15” é a soma de “0,1” (um décimo) + “0,05” (cinco centésimos). 

25.8. O CALENDÁRIO JAPONÊS

As eras do Japão [ 「元号」 (げんごう) ou  「年号」 (ねんごう)] são um meio de contagem de tempo no Japão, no qual um ano é identificado por uma combinação do nome dado à era e ao ano dentro desta era. Por exemplo: 2008 é o vigésimo ano da era Heisei. Apesar de o Japão usar o calendário gregoriano desde o século 19, a forma tradicional de contagem dos anos ainda está presente no cotidiano do país, sendo requerido em documentos oficiais do governo. Frequentemente aparece também em filmes, notícias, músicas, literatura e outras obras.

Em geral a mudança entre eras é ditada pela ascensão de um novo imperador como ocorreu no início da era Heisei, porém já houve mudanças de era ditadas por eventos históricos ou desastres. Desde 1867 na ascensão do imperador Mutsuhito foi adotado o sistema que muda a era apenas a cada mudança de reinado, sendo iniciada uma nova era em 1868 denominada era Meiji. A contagem das eras foi iniciada pelo imperador Kotoku, sendo a primeira era de nome Taika. A tradição não foi mantida, mas foi retomada pelo imperador Mommu e desde então tem sido contada até os dias atuais.

De modo geral, os japoneses conseguem identificar rapidamente os anos em ambos os sistemas. Para quem não está acostumado, é preciso saber um pouco de história e fazer algumas contas. Para converter um ano régio japonês para o calendário gregoriano ou sistema ocidental, encontre o primeiro ano da Era e subtraia 1 dessa data (isso por que o início da Era em si já é considerado ano 1). Feito isso, adicione o número do ano japonês que se deseja descobrir. Por exemplo, o vigésimo terceiro ano da era Shouwa (Shouwa 23) é 1948:

Exemplo: 1926 (primeiro ano da era Shouwa) − 1 = 1925 ...e então 1925 + 23 = 1948 ... ou Shouwa 23.

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