LIÇÃO 29: FALANDO DE FORMA POLIDA

Nós aprendemos o fundamento básico da língua japonesa. Agora que temos um conhecimento geral de como o idioma funciona podemos estender o aprendizado, abordando uma gramática específica para várias situações. Nesta lição veremos como dizer as coisas numa forma mais polida.

29.1. OS DIFERENTES NÍVEIS DE POLIDEZ

Em qualquer idioma existem maneiras diferentes de se dizer as coisas quando se trata de polidez. Mesmo em português, somos capazes de notar a diferença entre um pedido como “Eu posso ir ao banheiro?” e “Eu poderia ir ao banheiro?”. Você fala de um jeito com o seu professor e de outra maneira com seus amigos. No entanto, o japonês é diferente, já que não só o tipo de vocabulário muda, mas também a estrutura gramatical para cada frase dita.

Há uma linha clara e distinta entre a língua casual e a polida. Por um lado, as regras claramente nos mostram como estruturar suas frases para diferentes contextos sociais. Por outro lado, cada frase que você fala deve ser conjugada com o nível adequado de polidez.

Com base no que explanamos, a língua japonesa pode ser dividida em quatro níveis quanto à polidez:

1. Coloquial [ 「ぞくご」 (俗語)];

2. Usual / Casual [ 「じょうたいご」 (常体語)];

3. Polido [ 「ていねいご」 (丁寧語)];

4. Honorífico [ 「そんけいご」 (尊敬語)] e Modesto [ 「けんじょうご」 (謙譲語)].

Nos próximos tópicos desta lição, vamos abordar a versão polida do japonês [ 「ていねいご」 (丁寧語)], que é necessária para falar com pessoas de maior posição social ou com pessoas que você não conhece. Mais adiante, vamos aprender uma versão ainda mais polida, isto é, as formas honorífica e modesta (ou humilde). Estas serão mais úteis do que você pode imaginar, porque pessoas como balconistas de lojas ou recepcionistas irão falar com você usando estas formas. Por hora, vamos nos concentrar somente na forma polida, que é base para as demais formas que veremos em outras lições.

Felizmente, não é difícil de mudar do discurso casual para o discurso polido. Pode haver algumas pequenas mudanças no vocabulário (por exemplo, "sim" e "não" tornam-se  「はい」  e 「いいえ」 , respectivamente no discurso polido), e terminações de frases muito coloquiais não são usadas. Portanto, essencialmente, a diferença principal entre o discurso polido e o casual está no final da frase. Você não pode sequer dizer se uma pessoa está falando em discurso polido ou casual até que a sentença seja concluída.

29.2. USANDO 「ます」  PARA FAZER OS VERBOS POLIDOS

Primeiramente, vamos conhecer as bases do verbo auxiliar  「ます」  e revisar as bases da cópula  「です」 :

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Para transformar os verbos em verbos polidos, basta anexar o auxiliar  「ます」 à base Ren’youkei:

FORMA POLIDA DOS VERBOS

[BASE REN’YOUKEI] + [VERBO AUXILIAR  「ます」 ]

Observe o quadro com a regra sendo aplicada:

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Agora vamos a alguns exemplos de verbos em suas versões polidas:

犬は肉を食べます= Falando do cachorro, ele come carne.

あきらが明日、大学に行きます= Akira (é quem) vai à faculdade amanhã.

Um verbo em sua forma polida deve sempre estar no fim da oração e nunca dentro de uma oração subordinada adjetiva, como segue abaixo:

肉を食べます犬。= Cachorro que come carne (INCORRETA).

Quanto à origem de  「ます」  há duas teorias: a primeira diz que ele deriva do verbo auxiliar  「まいらす」 , existente no japonês antigo, cujo significado seria “humildemente fazer algo a alguém superior” e, portanto, foi usado por muito tempo como sufixo para transformar verbos em verbos modestos.  Era um uso idiomático que se originou da forma causativa clássica (lição 33) do verbo 「まいる」 (参る). No decorrer do tempo, sua forma evoluiu para  「まらする」 →  「まっする」 →   「まする」 → 「ます」 , passando a ser utilizado para transformar verbos em verbos polidos. Já a segunda afirma que  「ます」 se trata do mesmo verbo clássico  「ます」 , que tinha o mesmo sentido de  「ある」 .

Para obter as formas negativa, passada e negativa passada de  「ます」 , basta aplicar os conceitos já ensinados em lições passadas, com algumas particularidades. Observe o quadro:

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Como podemos ver, a forma negativa é obtida através da junção da base Mizenkei e  「ん」 , forma abreviada do auxiliar clássico de negação  「ぬ」 . Podemos também utilizar 「ぬ」 , como em  「食べませぬ」 , ainda que seja arcaico. Um fato interessante é que não é possível usar  「ない」 , como em  「食べませない」 . Já para negativa passada, ela é formada pela forma negativa de   「ます」  e a forma passada de  「です」 (でし +  「た」 ). Veja alguns exemplos:

犬は肉を食べません= Falando do cachorro, ele não come carne.

犬は肉を食べました= Falando do cachorro, ele comeu carne.

犬は肉を食べませんでした= Falando do cachorro, ele não comeu carne.

Se você achou estranha a forma negativa passada polida 「~ませんでした」 , segundo este tópico do fórum “StackExchange – Japanese” (em inglês), havia originalmente outras formas passada negativas polidas “concorrendo”, como  「~ませんかった」, 「~ませんだった」 e 「~ませんでした」. Citações iniciais de 「~ませんでした」 aparecem em torno de 1860. Como 「です」 (próximo tópico) se tornara mais comum, a forma negativa passada 「~ませんでした」 passou a ser o padrão por volta de 1890.

29.3. USANDO  「です」 PARA AS DEMAIS CONSTRUÇÕES

Se quisermos transformar qualquer tipo de construção em que não haja verbos no final em uma sentença polida, tudo o que temos que fazer é acrescentar  「です」 ao final. É importante lembrar que se há um declarativo  「だ」 , ele deve ser removido. Ao ser polido, você não deve ser tão ousado em declarar as coisas com tanta ênfase como  「だ」 faz.  Vejamos os quadros abaixo:

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NOTAS:

1. Lembre-se que  「じゃ」 é a forma abreviada de  「では」 , portanto, pode-se dizer também  「静かではない」 ;

2. Na língua coloquial, 「です」 pode aparecer como 「っす」, sendo usado por homens. Por exemplo, 「学生です」→「学生っす」.

Atente-se para a forma passada dos substantivos e Keiyoudoushi. É a única ocasião em que o passado é formado pelo acréscimo de   「でした」 .  Um erro muito comum é fazer o mesmo para os Keiyoushi, como em  「かわいいでした . Lembre-se que isto é errado, haja vista que um Keiyoudoshi é uma classe de palavra flexionável, portanto, deve ser flexionado. Como substantivos e Keiyoudoushi são inflexionáveis, é a cópula que deve sofrer a flexão.  Vejamos alguns exemplos a seguir:

子犬はとても好きです= Falando sobre cachorrinhos, gosto muito (o sentido mais natural é que alguém goste muito de cachorrinhos; não há contexto suficiente que indique que são os cachorrinhos que gostam muito de algo).

その部屋はあまり静かじゃないです= Falando sobre esse quarto, não é muito quieto.

先週に見た映画は、とても面白かったです= O filme que (eu) vi na semana passada foi muito interessante.

Você também pode usar 「です」 se o verbo estiver sucedido da partícula 「の」 ( 「ん」 ), que, como vimos, gramaticalmente funciona como um substantivo regular:

昨日、時間がなかったです。= (O fato é que) não houve tempo ontem.

Segundo estudos, é grande a possibilidade que 「です」 tenha surgido do linguajar das prostitutas de Edo (atual Tóquio) por volta do século 18. Os samurais que as visitavam teriam acreditado que 「です」fosse proveniente do dialeto dominante na época e essa forma contraída foi sendo espalhada pelos guerreiros por todo o país. Foi durante a Era Meiji (1868 - 1912) que 「です」 passou a ser usado de maneira generalizada. O que reforça essa teoria é que há a forma “intermediaria” 「でありんす」, até hoje vista nos mundos da prostituição e do entretenimento adulto.

Vemos aqui um exemplo de que como elementos que hoje são considerados do linguajar baixo podem ser promovidos à língua culta no futuro.

Um fato importante é que a conjugação para a forma negativa (não-passada e passada) apresentada por nós pode gerar debate, pois alguns podem considera-la incorreta. Por exemplo, afirmam que o correto seria substituir  「~ないです」 por  「~ありません」 , já que  「ない」 é usado como forma negativa de  「ある」 , cuja forma negativa polida não é  「ないです」 , mas  「ありません」 . Por esta razão,  「かわいくない」 na realidade seria  「かわいくありません」,  e  「静かじゃない」  torna-se  「静かじゃありません」 .

Bem, a realidade do japonês contemporâneo é que o que se supõe ser a conjugação "oficial" soa bastante assertiva e formal. Em conversas diárias normais, a conjugação apresentada aqui por nós será utilizada quase sempre, tendo ela um aspecto mais ameno. Enquanto você deve usar as conjugações mais formais para obras escritas usando a forma polida, você raramente vai ouvi-la no discurso real. Portanto, recomendamos estudar e se familiarizar com os dois tipos de conjugações.  Vejamos no quadro abaixo as conjugações mais formais:

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その部屋はあまり静かじゃないです= Falando sobre esse quarto, não é muito quieto.

その部屋はあまり静かじゃありません= Falando sobre esse quarto, não é muito quieto.

Essa característica coloquial, mas polida tem se aplicado também à forma negativa (passada e não-passada) de verbos, isto é, podemos segui-la diretamente por 「です」em vez de usar 「~ません(でした)」:

食べないです = 食べません

食べなっかたです = 食べませんでした

Outro ponto a respeito de 「です」 é que ele é usado diretamente após Keiyoushi, substantivos e Keiyoudoushi, não sendo isso possível com verbos nas formas não-negativas. Contudo, a forma coloquial 「っす」 não tem essa restrição:

食べるです (INCORRETO) → 食べるっす (CORRETO)

食べたです (INCORRETO) → 食べたっす (CORRETO)

Lembre-se sempre que a língua falada não é algo estático; sempre muda. Não seria surpresa, portanto, se daqui a algum tempo as duas formas incorretas apresentadas acima passassem a ser aceitáveis.

29.4.「です」 NÃO É A FORMA POLIDA DE  「だ」 !

Muitas pessoas que tiveram aulas de japonês provavelmente foram ensinadas que 「です」 é a versão polida de 「だ」. De fato, podemos supor isso se considerarmos a etimologia, pois o primeiro origina-se de 「であります」, forma polida de 「である」, de onde veio 「だ」. No entanto, isso não é verdade!

Vamos apontar algumas diferenças chaves e as razões por que eles são de fato coisas completamente diferentes, no sentido que não podemos usá-los de “forma vice-versa” em todos os casos. Vejamos:

A) O FINAL DE UMA ORAÇÃO: antes de tudo, lembre-se do que mencionamos no primeiro tópico desta lição:

“... essencialmente, a diferença principal entre o discurso polido e o casual está no final da frase.”

Agora, observe a seguinte oração:

犬は肉を食べます。= Falando do cachorro, ele come carne. (forma polida)

Como faríamos para reescrever a oração acima de uma forma não-polida? Bastaria usar a forma casual de  「食べます」 , que é  「食べる」 . Assim, temos:

犬は肉を食べる。= Falando do cachorro, ele come carne. (forma casual)

Por essa razão, podemos estabelecer a seguinte relação sobre os verbos:

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Agora observe a construção abaixo:

あきらは学生です= Falando de Akira, ele é estudante. (versão polida)

Se formos considerar  「です」 como a versão polida de  「だ」 , então a versão casual da oração acima é 「あきらは学生」 ?

A resposta é NÃO!

Como já explicamos anteriormente,  「だ」 no final oração principal é usado para se declarar algo que se acredita ser um fato. Transmite força ao que está sendo dito, podendo até ser rude.

Então, qual a forma casual de  「あきらは学生です」 ? Ora, é simplesmente  「あきらは学生」 . Logo:

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Percebemos, então que, nestes casos, substituir 「です」 por 「だ」, pensando que um é a versão polida do outro ou vice-versa é totalmente incorreto. Você deve pensar que 「です」 é para transmitir polidez à frase, enquanto 「だ」 transmite força; coisas completamente distintas. Se você quiser ser casual, simplesmente não adicione nada.

E se quiséssemos expressar de forma casual a forma passada? Poderíamos usar 「だった」?

A resposta é SIM. 「だった」não transmite a força ou sentido rude de 「だ」. Sendo assim:

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Talvez por causa dessa particularidade, o próprio Tae Kim afirma neste post não achar que 「だった」seja a forma passada de 「だ」, o que discordamos. Preferimos encarar essa característica como algo que ficou sendo válido pelo uso, isto é, 「だった」 é de fato a forma passada de 「だ」, mas por algum motivo de uso da língua (não explicável gramaticalmente e sim pelo costume), 「だ」 adquiriu um sentido de força, de aspereza.

Resumindo, então, o que abordamos até aqui:

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Outro ponto importante que vale relembrar é que você não pode anexar o declarativo 「だ」diretamente aos Keiyoushi na forma não-passada (e isso vale também para a forma negativa não-passada):

本は面白い。= Falando de livros, são interessantes (SENTENÇA INCORRETA).

Já isso não ocorre com 「です」, que tem a função de adicionar polidez apenas:

本は面白いです。= Falando de livros, são interessantes (SENTENÇA CORRETA E POLIDA).

B) O MEIO DE UMA ORAÇÃO: em alguns casos de período composto que veremos adiante com mais detalhes, 「だ」se faz até necessário para explicitar o estado-de-ser na oração subordinada. Por outro lado, 「です」 deve ser usado somente no final da oração principal para designar um estado-de-ser polido. Por exemplo, considere as duas orações abaixo:

(1) 学生と思います。= (Eu) acho que é estudante.

(2) 学生ですと思います。= (Eu) acho que é estudante. (INCORRETA)

A oração (1) 「学生と思います」é válida, enquanto que a (2)「学生ですと思います」não, porque 「です」 só pode ser usado no final da oração principal e aqui aparece no meio (oração subordinada). 「です」 pode aparecer assim somente nos casos em que se está reproduzindo exatamente o que foi dito, como no exemplo abaixo:

「学生です」と言った。 = (Ele) disse “é estudante”.

***

Enfim, substituir 「です」 por 「だ」, pensando que um é o equivalente polido do outro ou vice-versa resultará potencialmente em orações gramaticalmente incorretas. É melhor pensar que são coisas totalmente diferentes (porque de fato são!).

29.5. A PARTÍCULA 「か」 EM QUESTÕES E ORAÇÕES SUBORDINADAS

A partícula  「か」 é usada também para indicar explicitamente uma pergunta em sentenças polidas. Embora seja perfeitamente possível expressar uma questão mesmo de forma polida usando apenas a entonação, o marcador de questão é muitas vezes anexado ao fim da frase para indicar uma pergunta. O marcador de questão é simplesmente o fonema 「か」 e não é necessário adicionar um ponto de interrogação, como fazemos em português. Por razões anteriormente explicadas, você não deve usar o  「だ」 com o marcador de questão.

犬はどこにいます= Falando do cachorro, onde ele está?

イタリア料理を食べに行きません= (Você) não vai comer comida italiana?

Faz sentido concluir que o marcador de questão funcione exatamente da mesma forma no discurso casual, assim como ele o faz no discurso polido. No entanto, este não é o caso. O marcador de questão 「か」 geralmente não é usado no discurso casual para fazer perguntas propriamente ditas. Ele é frequentemente utilizado para considerar se algo é verdade ou não. Dependendo do contexto e entoação, ele também pode ser usado para fazer perguntas retóricas ou para expressar sarcasmo. Pode soar bastante rude, então você deve ser cuidadoso com o uso de   「か」 para perguntas na forma casual.

Bem, se você ficou na dúvida quanto ao conceito de “pergunta retórica”, recorramos ao site Significados:

Uma pergunta retórica é uma pergunta que nem sempre exige uma resposta. Muitas vezes, a pessoa que faz a pergunta retórica, pretende simplesmente enfatizar alguma ideia ou ponto de vista.

Por exemplo: "Você acha que eu nasci ontem?" Neste caso, a pessoa que ouve a pergunta já sabe a resposta, no entanto, a pergunta é feita apenas para causar um impacto. No exemplo anterior, a pessoa que pergunta pretende informar o ouvinte que ela não é burra ou ingênua, e que não pode ser enganada facilmente.”

Agora, vejamos alguns exemplos:

こんなのを本当に食べる = (Você acha que) ela realmente vai comer uma coisa como esta?

そんなのは、ある= (E você é alguém para) ter uma coisa como essa?

No discurso casual, em vez de  「か」 , questões propriamente ditas geralmente são formuladas com a partícula explicativa 「の」 ou nada, simplesmente com um aumento na entonação, como já vimos anteriormente:

こんなのを本当に食べる? = Ela vai realmente comer uma coisa como esta?

そんなのは、ある= Você tem uma coisa como essa?

Outro uso de   「か」 é simplesmente gramatical e não tem nada a ver com polidez. Um marcador de questão ligado à extremidade de uma oração subordinada formula uma mini-questão dentro de uma sentença maior. Isso permite que o falante fale sobre a questão. Para clarificar, considere o mini diálogo abaixo em português:

Akira: O que Makoto disse?

Hiroshi: (o que Makoto disse), eu não sei.

No diálogo Hiroshi expressa que não sabe a resposta para a pergunta de Akira. Como o contexto está claro, ele dá uma resposta curta com um simples “não sei”. É evidente que o que ele não sabe é “o que Makoto disse” e, por isso, ele poderia responder de forma mais longa “O que Makoto disse, eu não sei” ou ainda, na ordem direta, “Eu não sei o que Makoto disse.” Seja como for, note que na forma longa, uma oração subordinada semelhante à pergunta é construída para se tornar o “assunto” da resposta e é usada como o objeto do verbo principal da oração, "saber". Assim, temos:

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Vejamos como esse tipo de construção ficará em japonês:

Pergunta: まことは何を言った? = O que Makoto disse?

Resposta curta: 知らない。= Eu não sei

Resposta longa: まことは何を言った知らない。= Eu não sei o que Makoto disse.

Utilizamos um diálogo apenas para facilitar a compreensão deste uso da partícula   「か」 . Para facilitar ainda mais, considere que uma das particularidades da partícula 「か」 é jogar um ar de dúvida no elemento que a antecede, portanto, você pode imaginar que está perguntando e respondendo ao mesmo tempo. Sendo assim, evidentemente, você poderia perguntar e responder a si mesmo ou até mesmo formular uma pergunta baseado numa dúvida anterior. Vejamos:

先生が学校に行った教えない= (Você) não informará se o professor foi à escola?

No exemplo acima, a duvida é “o professor foi à escola?” e uma pergunta é formulada baseada nela. Nestes casos, podemos considerar que 「か」 acaba funcionando de forma muito semelhante a um nominalizador (Lição 22). Por isso, não se assuste se encontrar esse tipo de oração sendo usada, por exemplo, com a partícula 「を」:

先生が学校に行った教えない?= (Você) não informará se o professor foi à escola?

Neste exemplo, é como se 「か」 estivesse transformando a oração 「先生が学校に行ったか」 em objeto do verbo, tendo ela um ar de dúvida.

Também, em construções como estas, nas quais a questão a ser considerada tem como resposta “sim” ou “não”, é comum (mas não necessário) anexar  「どうか」 . Isto é equivalente a dizer: “se... ou não” em português:

先生が学校に行ったかどうか知らない。= Não sei se o professor foi à escola ou não.

Você também pode incluir a alternativa para dizer o mesmo:

先生が学校に行ったか行かなかったか知らない。= Não sei se o professor foi à escola ou não foi.

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