SUPLEMENTO I: O TESTE DE PROFICIÊNCIA NA LÍNGUA JAPONESA (JLPT)

Neste primeiro suplemento, vamos abordar o JLPT (Teste de Proficiência na Língua Japonesa), mostrando do que se trata, como ele é e como é aplicado, bem como os métodos usados para avaliação e aprovação.

S1.1. O QUE É O JLPT?

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O JLPT (Japanese Language Proficiency Test - [「にほんごのうりょくしけん」 日本語能力試験], “Teste de Proficiência na Língua Japonesa”, em português), é um teste reconhecido internacionalmente aplicado com o intuito de avaliar e certificar a proficiência no idioma japonês de não nativos. Ele é realizado duas vezes ao ano na Ásia Oriental e uma vez por ano nas outras regiões, sendo administrado pelo Japan Educational Exchanges and Services no Japão e pela Japan Foundation fora do Japão.

Em 2008, o governo japonês anunciou a possibilidade de utilizar o JLPT para os estrangeiros que desejam ter um visto de longo prazo e para serem residentes permanentes, porém, isso ainda não foi decidido. Também, a classificação no exame pode ser utilizada, por exemplo, como critério de seleção em empresas japonesas e aprovação em bolsas de estudo e instituições de ensino no Japão. Naturalmente, estudantes de língua japonesa também fazem o exame para avaliar seus conhecimentos.

Originalmente o JLPT tinha 4 níveis, sendo o quarto o mais fácil, e o primeiro o mais difícil. Observe o quadro abaixo:

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No entanto, em 2010 foi estabelecido mais um nível, pois, como podemos notar, a diferença entre os níveis 3 e 2 era enorme. Observe como ficou a disposição para cada nível:

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Veja que com relação à disposição antiga original, o N5 corresponde ao N4 , o N4 corresponde ao nível N3, o N3 é o novo nível que introduziram entre o nível 2 e 3 original, e o N2 é igual ao nível 2 original. Além disso, o N1 tornou-se mais complicado e exigente.

Segue abaixo, as habilidades que se espera que o candidato tenha ao ser aprovado em cada nível:

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Lembremos que depois dessas alterações, listas oficiais da gramática, vocabulário ou Kanjis exigidos em cada nível não são mais disponibilizados. Sendo assim, o que podemos fazer é nos basearmos nas listas dos anos anteriores.

Para informações / inscrições no Brasil:

1) CBLJ – Centro Brasileiro de Língua Japonesa

Rua Manoel de Paiva, 45 – Vila Mariana – São Paulo, SP

CEP: 04106-020

Tel.: (11) 5579-6513

E-mail: info@cblj.com.br

Site: www.cblj.com.br

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2) ACBJ-Aliança Cultural Brasil-Japão

Unidade 1: R. Vergueiro, 727 -5º andar – São Paulo, SP

CEP: 01504-001

Tel.: (11) 3209-6630

Unidade II: R. São Joaquim, 381 - 6º andar – São Paulo, SP

CEP: 01508-001

Tel.: (11) 3209-9998

E-mail: alianca@aliancacultural.org.br

Site: www.aliancacultural.org.br

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3) Associação Nipo Brasileira da Amazônia Ocidental

R. Terezina, 95 – Adrianópolis – Manaus, AM

CEP: 69057-070

Tel.: (95) 3234-7185

E-mail: nippaku@netium.com.br

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4) Associação de Estudos de Língua Japonesa de Brasília

SGAN 611 Conj. ABC – Bloco C, DF

CEP: 70860-110

Tel.: (61) 3347-1214

E-mail: aeljbdf@gmail.com / aeljbdf.pt@gmail.com

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5) Aliança Cultural Brasil-Japão do Paraná

R. Paranaguá, 1782 – Londrina, PR

CEP: 86015-030

Tel.: (43) 3324-6418

E-mail: aliancalon@gmail.com / naomiss60@hotmail.com

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6) Federação Cultural Nipo Brasileiro da Bahia

R. Campinas de Brotas, 104-E – Salvador, BA

CEP: 40275-160

Tel.: (71) 3359-5946

E-mail: fcnbb@hotmail.com

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7) Associação Cultural Esportiva Nipo-Brasileiro do Rio de Janeiro

Av. Franklin Roosevelt, 39, sala 919 – Rio de Janeiro, RJ

CEP: 20021-120

Tel (21) 2533-0047

E-mail: renmei@nethall.com.br

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8) Associação Cultural Japonesa de Porto Alegre

Centro de Estudos da Língua Japonesa de Porto Alegre

R. Gomes Jardim, 497 – Porto Alegre, RS

CEP: 90620-130

Tel.: (51) 3219-2664

E-mail: acj-poa@acj-poa.com.br

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9) Associação Pan-Amazônia Nipo-Brasileiro

Trav. 14 de Abril, 1128 – Belém, PA

CEP: 66060-460

Tel.: (91) 3229-4435

E-mail: escritorio@apanb.org.br / mami@apanb.org.br

S1.2. COMO É O TESTE?

Com relação ao exame propriamente dito, ele é dividido em três seções:

A) Caracteres e Vocabulário ([「もじ・ごい」文字・語彙]): nesta seção, são testados o vocabulário e o conhecimento de diferentes aspectos da escrita japonesa. Isto inclui a identificação correta dos caracteres Kanji para determinadas situações, selecionando o Hiragana correto, determinando a leitura do Kanji, escolhendo as condições adequadas para determinadas frases, e escolhendo o adequado uso das palavras:

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B) Compreensão Auditiva ([「ちょうかい」聴解]): esta seção está dividida em duas partes que visam testar a compreensão auditiva:

1) a primeira envolve a escolha da foto que melhor representa a situação apresentada por um conversa pré-gravada:

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2) a segunda subseção tem um formato semelhante, mas não apresenta pistas visuais:

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Se você quiser amostras dos áudios, CLIQUE AQUI.

C) Gramática e Leitura e Compreensão ([「ぶんぽう・どっかい」文法・読解]): nesta seção visa-se testar os conhecimentos de gramática e leitura. Nas perguntas de gramática são examinados o seu uso correto do idioma quanto sua estrutura em transmitir um determinado ponto, conjugações e o uso de partículas:

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Nesta seção também, são utilizadas passagens autênticas ou semi-autênticas de vários textos para testar sua compreensão de leitura. As perguntas incluem instruções para preencher as lacunas ou parafrasear pontos-chave:

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Quanto à duração do teste, observe o quadro abaixo (ela pode variar):

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NOTA: baixe aqui um arquivo contendo uma prova com gabarito de cada nível para você ter uma ideia de como são os testes.

S1.3. OS CRITÉRIOS PARA APROVAÇÃO

Quanto à pontuação, observe o próximo quadro:

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Observe que nesses dois níveis iniciais, as seções “Vocabulário / Gramática” e “Compreensão Escrita” compreendem uma só seção no quesito pontuação e valem juntas 120 pontos.

No novo Teste de Proficiência em Língua Japonesa, as avaliações são feitas em duas etapas: (1) a pontuação total necessária para aprovação ([「ごうかくてん」合格点]) e (2) os pontos de cada categoria individualmente ([「きじゅんてん」基準点]) devem estar acima do mínimo solicitado. A finalidade disso é que os candidatos possam ter uma fluência da língua japonesa de forma mais abrangente.

Vamos detalhar:

I. As pontuações de cada seção serão somadas, e obteremos a pontuação total. Assim, temos:

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Obtida a pontuação total, a nota de corte para o nível 5 é 80 pontos, e para o nível 4, 90 pontos.

II. Posteriormente será analisada a pontuação de cada seção individualmente. O candidato deverá tirar no mínimo 38 na seção “Vocabulário / Gramática e Compreensão Escrita”, e 19 em “Compreensão Auditiva”. Assim, temos:

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Sendo assim, perceba que, mesmo que o candidato atinja a pontuação mínima para cada seção, isso não será suficiente para ser aprovado na nota total e também, mesmo que tenha atingido a nota de corte na pontuação geral, se ele não atingir o mínimo necessário em cada uma das seções, será reprovado.

Agora, vejamos os demais níveis:

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O cálculo usado é o mesmo dos níveis iniciais:

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Nestes níveis, cada seção valerá 60 pontos, sendo assim, o teste valerá 180 pontos. Obtida a pontuação total, a nota de corte referente à pontuação total, para o nível 3 é 95 pontos, para o nível 2, 90 pontos, e para o nível 1, 100 pontos.

Com relação às notas de corte por seção, será 19 para cada uma:

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Para mais informações consulte o site oficial do JLPT, em inglês: http://jlpt.jp/e ou baixe o informativo referente ao exame de 2011 CLICANDO AQUI.

S1.4. COMO É FEITO O CÁLCULO DA PONTUAÇÃO?

Bem, agora você deve estar se perguntando “como é calculada a pontuação?”.

Segundo o site oficial do JLPT, é utilizado “um sistema de pontuação em escala com base na "Teoria da Resposta ao Item" e não o total de pontos atribuídos de questões respondidas corretamente”.

O método de cálculo de notas conhecido como Teoria da Resposta ao Item (TRI) pode parecer injusto à primeira vista, mas já é usado em testes consolidados do mundo inteiro desde a década de 1950 justamente com o objetivo de se alcançar uma avaliação mais próxima do conhecimento real do candidato. Em linhas gerais, nele se leva em conta não só o número questões corretas em si, mas também o padrão de respostas do aluno. Em outras palavras, a TRI pressupõe que um candidato com certo nível de proficiência tende a acertar os itens de nível de dificuldade menor que o de sua proficiência e errar aqueles com nível de dificuldade maior.

Sendo assim, dois alunos com o mesmo número de acertos podem receber da TRI diferentes valores de proficiência. Receberá maior proficiência aquele aluno que apresentar respostas aos itens de forma mais coerente com o construto que está sendo medido. Isso nos leva a concluir que “chutar” não é uma boa escolha, haja vista que o método faz diminuir o peso de eventuais acertos fora do padrão, já que um candidato que teve dificuldade nas questões fáceis do teste dificilmente saberia solucionar as perguntas mais complexas.

Recomendamos que você assista a estes dois vídeos que sintetizam bem a essência do método TRI: VÍDEO 1 / VÍDEO 2.


Fontes:

Escola de Língua Japonesa de Salvador: http://www.escola.anisa.com.br/nihongo-noryoku-shiken/

Wikipedia: http://pt.wikipedia.org/wiki/Avalia%C3%A7%C3%A3o_de_Profici%C3%AAncia_na_L%C3%ADngua_Japonesa

Tantou Blog: http://tantoublog.blogspot.com.br/2010/09/novo-jlpt-escores-minimos-para.html

Uchina: http://www.uchina.com.br/noticia.asp?id=2754

MEC: http://portal.mec.gov.br/index.php?option=com_content&view=article&id=17319:teoria-de-resposta-ao-item-avalia-habilidade-e-minimiza-o-chute&catid=389:ensino-medio

Jornal Zero Hora: http://zh.clicrbs.com.br/rs/vida-e-estilo/vestibular/noticia/2013/10/tire-duvidas-sobre-a-teoria-da-resposta-ao-item-4285995.html

Entenda a Teoria de Respostas ao Item (TRI), utilizada no Enem, Camila Akemi Karino e Dalton Francisco de Andrade: http://vestibular.brasilescola.com/baixar/861955a8d8b29a17d150811ecf19a826.pdf

Estudar para o JLPT: www.jlpt-estudo.blogspot.com/